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Impacto da dor crônica relacionada a problemas posturais como fator de diminuição do desempenho funcional

Os problemas relacionados a adoção de más posturas são bastante comuns e acabam gerando consequências desastrosas na vida de todos que as apresentam

Segundo a Associação Internacional para o Estudo da Dor – International Association for the Study of Pain - IASP (1986, p. 217), a definição de dor é: “uma experiência sensorial e emocional desagradável associada com dano tecidual real ou potencial.”

Em termos gerais, a dor pode ser considerada aguda, normalmente quando perdura menos de 30 dias ou crônica, que pode aparecer de forma recorrente e ter duração superior a este período. Sendo que, uma das suas classificações levam em conta as escalas de dor que tem por objetivo avaliar a intensidade que acomete o indivíduo. Independente de qual classificação seja utilizada, é importante ter clareza que se trata de uma avaliação subjetiva, que leva em consideração a percepção de quem a sente.

Segundo a Organização Mundial da Saúde(OMS), 55% das pessoas vivem com dores musculares. As lesões musculoesqueléticas e dores acabam por limitar e dificultar os indivíduos nas suas atividades de vida diárias (AVD’s) e atividades laborativas. Sendo que ela acaba sendo um grande fator de limitação dos movimentos normais do corpo.

No entanto, quando se pensa em dor crônica existe uma “distorção” nos dados apresentados. Visto que, as pessoas “tendem” a negligenciá-la e acabam só procurando ajuda especializada quando realmente se encontram com dificuldades de realizarem as suas atividades cotidianas. O que acarreta a subnotificação desse dado e consequentemente, dificulta a realização de ações mais precisas e direcionadas para o público em questão.

É importante entender que, independentemente da sua origem, esse sintoma se apresenta como um grande fator de incapacidade funcional e consequentemente, gera “danos” tanto: físicos, emocionais, relacionais e laborais. Pois, muitas vezes acaba sendo o ponto crucial para o afastamento dos indivíduos de suas rotinas. Os problemas relacionados a adoção de más posturas são bastante comuns e acabam gerando consequências desastrosas na vida de todos que as apresentam; além de integrarem a relação de problemas físicos que ocasionam dores crônicas na população em geral.

É bastante comum, as pessoas serem submetidas a ocuparem espaços, seja: em casa, no trabalho ou em locais de lazer, que não possibilitam uma ergonomia minimante adequada para se manter uma “postura correta”, que preserve a anatomia do corpo. Em detrimento disso, temos uma população que apresenta bastante dores relacionadas a esse problema específico e que em algum momento da vida, “inevitavelmente” sofrerão consequências pela adoção constante desse mal hábito.

A figura abaixo ilustra uma postura bastante comum que é adotada tanto no trabalho quanto em casa. Observe que do lado esquerdo (E) tem uma pessoa com uma postura considerada correta e do lado direito (D), a adoção de uma postura errada. Sendo que, o que diferencia uma da outra é exatamente as adaptações utilizadas pela imagem da pessoa à E que possibilitam a manutenção da postura de forma adequada, sendo este um exemplo de aplicabilidade de soluções para melhorar ergonomia dos espaços utilizados.

Figura 1: ilustra uma pessoa adotando uma postura correta do lado E e outra, com uma postura incorreta do lado D.

Fonte: https://pertodemimdf.com.br/fisioterapia/voce-sabia-que-sua-postura-pode-provocar-dor-na-regiao-escapular/

Diante do exposto, observa-se a necessidade de atentar para a adoção de alguns cuidados com a saúde, como: manter uma boa postura, abandonar o sedentarismo, não exagerar nas atividades físicas, alongar-se, dentre outros. Em ambientes de trabalho, pode-se melhorar a qualidade de vida do colaborador possibilitando uma adequação na ergonomia dos móveis; bem como, investir na realização de pausas durante os expedientes de trabalho para a realização de ginásticas laborais com acompanhamento especializado. Tais ações acabam resultando numa melhor qualidade de vida do indivíduo e consequentemente, diminuindo o índice de faltas no trabalho em decorrência de incapacidade gerada por dor. Dessa forma, impactando positivamente na saúde de todos os indivíduos e na sua produtividade geral, seja pessoal ou funcional.

Sobre o Autor:

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Drª. Luciana D' Lima França

Fisioterapeuta, MBA em Gestão de Saúde, Atuação em Fisioterapia Integrativa, Microfisioterapia e Pilates. Terapias complementares: Aromaterapia, Reiki e Mandalas Terapêuticas

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